Sairon Santos Ressurreição (UFBA)

Título:CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA ATÔMICA DE JOHN WILLIAN NICHOLSON PARA O ÁTOMO DE BOHR: DEBATENDO O PAPEL DO ERRO CIENTÍFICO PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA O ENSINO
 
Discente:Sairon Santos Ressurreição
Orientador(a): José Fernando Moura Rocha
Coorientador(a): Olival Freire Júnior
Debatedor(a): A definir
 
Resumo: A recomendação do tratamento de aspectos da Natureza da Ciência (NdC) em sala de aula vem sendo apontada como uma condição para o letramento científico dos estudantes e para consequente formação de cidadãos capazes de refletir e tomar decisões cientificamente embasadas. Na literatura científica e documentos oficiais, uma  dimensão da NdC parece ser um ponto pacífico: a circunstância de que a ciência é baseada em "tentativa",  de que é "falível", "provisória" e "contingente". Nesse sentido, desenvolver ferramentas que habilitem os discentes à compreensão do papel epistêmico que o erro científico desempenha nos processos de produção do conhecimento deve ser um dos objetivos da educação em ciências. Vista por esse prisma, a extensa lista de erros científicos que a História das Ciências nos apresenta pode se constituir numa ferramenta pedagógica eficaz para elucidação da natureza tentativa do conhecimento científico. Num desses episódios de equívoco científico, surge a figura de John Willian Nicholson, astrofísico inglês que angariou algum prestígio no início do século XX com sua teoria atômica dos “protoelementos”. Apesar de construída sobre concepções físicas equivocadas, a obra de Nicholson é reconhecida por diversos historiadores das ciências como uma forte inspiração para o átomo de Bohr.  O objetivo deste trabalho é avaliar de que maneira a educação científica pode ser beneficiada por uma abordagem que compreenda a relação entre erro e progresso científico a partir de uma análise histórica. Especificamente, investigaremos como o trabalho de Nicholson influenciou o trajeto científico que conduziu Bohr à publicação de ‘Sobre a Constituição de Átomos e Moléculas’, em 1913.
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