Título: COMPREENSÃO PÚBLICA SOBRE GENÉTICA CONTEMPORÂNEA, ATITUDES ACERCA DAS NOVAS TECNOLOGIAS GÊNICAS E A RELAÇÃO GENE-MÍDIA
Discente: Neima Alice Menezes Evangelista
Orientador: Charbel Niño El-Hani
Debatedora: Claudia de Alencar Serra e Sepulveda
Resumo: O determinismo genético pode ser definido como a “ideia de que todas as características da pessoa estão escritas no genoma” (VENTER et al., 2001) ou como “atribuir aos genes a formação dos traços humanos, em um nível individual, conferindo aos genes um poder causal maior do que o que o consenso científico sugere” (GERICKE et al., 2017) e é uma visão que tem grande espaço na forma de falar sobre os genes na nossa sociedade, ignorando a complexidade da interação entre genótipo-fenótipo, bem como da interação dos genes entre si. Estudos anteriores têm mostrado que além dos livros didáticos, a mídia também trata os genes de forma determinista (MASSARANI E MOREIRA, 2008, SANTOS e EL-HANI, 2009, EVANGELISTA, 2016), contribuindo para a perpetuação dessa visão na população. Nosso estudo tem o objetivo de investigar, dando continuidade a trabalhos feitos com o questionário PUGGS (CARVER et al., 2017), se a população pensa de forma determinística a respeito dos genes, comparando a visão da população que possui ensino médio e de médicos oncologistas, profissionais com considerável proximidade aos conceitos de genética e genômica, a fim de entender se o estudo sobre genética e genômica tem influência para que as pessoas pensem de forma menos determinística e se há diferenças nas atitudes com relação às tecnologias gênicas. Além disso, queremos investigar como a forma de comunicar sobre os genes passa da escrita do cientista para a escrita do jornalista e em qual momento a comunicação sobre estudos com genes assume um modo determinístico. Assim, podemos entender um pouco mais como melhorar o ensino de genética e como comunicar sobre genes de modo a favorecer a colocação das visões deterministas genéticas sob uma lente crítica.
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