Murilena Pinheiro de Almeida (UFBA)

Título: AS REPRESENTAÇÕES DO CORPO HUMANO NO CURRÍCULO DO ENSINO DE CIÊNCIAS, DA ESCOLA PRIMÁRIA, NO TERRITÓRIO FEDERAL DO ACRE, NO PERÍODO DE 1940 A 1960
 
Discente: Murilena Pinheiro de Almeida
Orientador: Marco Antônio Leandro Barzano
Debatedora: Fernanda Rebelo Pinto
 
Resumo: Este trabalho tem por propósito caracterizar as representações do corpo humano presentes no currículo do ensino de ciências da escola primária, no Território Federal do Acre, no período de 1940 a 1960. Trata-se de uma investigação que busca recuperar parte da história do ensino de ciências, produzida no Território Federal do Acre, onde se combinam o modelo de Ivor Goodson (1995), e a abordagem contextualista da história da ciência. Desta forma, utilizou-se: a pesquisa documental, o procedimento de análise de conteúdo, entrevistas em profundidade com professoras e alunas. A seleção de documentos foi realizada nos acervos Centro de Documentação Histórica, Conselho Estadual de Educação do Acre, Arquivo Geral do Estado do Acre, Museu da Borracha e no acervo do Centro de Informação e Biblioteca em Educação – CIBEC em Brasília. Buscou-se localizar todos os documentos disponíveis sobre a escola primária, no Território Federal do Acre, no período de 1940 a 1960. Foram encontrados programas de ensino, regulamentos de funcionamento do ensino primário, fotografias, gravuras, notícias e artigos sobre educação em jornais da época. A análise do material realiza-se por meio do conceito de representações sociais de Roger Chartier (1990) - classificações e divisões que organizam a apreensão do mundo social enquanto categorias de percepção do real, variáveis segundo as disposições dos grupos ou classes sociais. Os dados preliminares apontam para como o ensino de ciências, na escola primária, no recorte desse estudo, contribuiu para consolidar uma política cultural sobre o corpo humano, que engendrou relações de gênero, estritamente, vinculadas a aspectos culturais e a valores moralizantes, orquestrada no campo do currículo por uma cultura escolar marcada por prescrições e silenciamentos.
 
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