Título: APERFEIÇOAMENTO DO PERFIL CONCEITUAL DE ADAPTAÇÃO: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL HEURÍSTICO PARA ANÁLISE DE DISCURSO NO ENSINO SUPERIOR E CARACTERIZAÇÃO ENUNCIATIVA DAS ZONAS
Discente: Mariangela Cerqueira Almeida
Orientadora: Claudia de Alencar Serra e Sepulveda
Coorientador: Charbel El-Hani
Debatedor(a): A definir
Resumo: Sepulveda (2010) propôs e avaliou um modelo de perfil conceitual de adaptação como ferramenta teórico-metodológica para investigar a significação deste conceito no ensino médio de evolução. As zonas deste perfil foram descritas em termos de compromissos epistemológicos e ontológicos que estabilizam formas de pensar e modos de falar, estes últimos descritos em termos das noções bakhtinianas de linguagem social e gênero de discurso. Para que o perfil de adaptação pudesse ser aplicável à análise do ensino e aprendizagem de evolução no ensino superior, Sepulveda (2010) propôs duas outras formas de pensar adaptação – “abordagem adaptacionista” e “abordagem pluralista”. Entretanto, este modelo “estendido” de perfil de adaptação não foi avaliado pela autora. Em vista disso, propusemos avaliar em que medida o modelo “estendido” do perfil de adaptação permite modelar a heterogeneidade de formas de pensar e falar este conceito no ensino superior. Ao fazê-lo, aperfeiçoaremos o modelo “estendido” por três vias: revisão da caracterização epistemológica das zonas, quando da emergência de novos compromissos; validação das abordagens adaptacionista e pluralista; aperfeiçoamento da metodologia de caracterização enunciativa das zonas empregando a noção de padrão semântico de Lemke. Para tanto, empregamos este modelo “estendido” do perfil de adaptação como ferramenta de análise do discurso em aulas de evolução de um curso de Licenciatura em Biologia. Utilizamos a caracterização das zonas do perfil para orientar epistemologicamente a análise semântica do discurso, de modo integrado à estrutura analítica do discurso (Mortimer; Scott, 2003), a qual permite caracterizar a forma como professores e estudantes interagem e usam a linguagem na construção de significados. A análise parcial de episódios de ensino apontou que as zonas ajuste providencial, transformacional e variacional são negociadas no ensino superior de evolução, essa negociação tem sido importante para tensão entre visões prospectivas e retrospectivas de adaptação, cujos compromissos não compõem modelo inicial e precisam ser introduzidos.
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