Lília Ferreira Souza Queiroz (UFBA)

Título: ENSINO DE ERROS CIENTÍFICOS ATRAVÉS DE UMA HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS SENSÍVEL AO CONTEXTO: CONTRIBUIÇÃO PARA UM ENSINO DE CIÊNCIAS INTEGRAL
 
Discente:Lília Ferreira Souza Queiroz
Orientador(a):Gustavo Rodrigues Rocha
Coorientador(a):Deivide Garcia da Silva Oliveira (UFRB)
Debatedor(a): A definir
 
Resumo:Os filósofos da ciência, atualmente, descrevem a ciência como uma atividade humana com desenvolvimento mutável e falível, portanto, é aceitável dizer que a ciência comete erros. Entretanto, o ensino de ciências ainda está distante de transmitir uma imagem mais honesta sobre a natureza da ciência, principalmente, sobre sua capacidade de cometer erros. O objetivo dessa pesquisa é compreender como o ensino dos erros científicos pode contribuir para os estudantes entenderem a natureza da ciência. Como forma de averiguação e alcance desses objetivos optou-se por uma pesquisa teórica, tendo em vista a necessidade de aprofundamento teórico e epistemológico sobre os erros científicos. Vários filósofos tentaram romper com a supremacia das concepções positivistas, o primeiro autor a desafiar a filosofia vigente com a inclusão do erro foi Gaston Bachelard. No entanto, algumas de suas concepções ainda encontram raízes racionalistas próximas as anteriores e os erros estão apreendidos apenas a certo momento da construção do conhecimento científico. À vista disso, encontra-se na visão anárquica do filósofo Paul Feyerabend entendimentos que ampliam o espaço para compreensão dos erros, não apenas como normais em uma etapa da pesquisa, mas comuns em todas as etapas da investigação científica e contributiva para o desenvolvimento da ciência.  Já encontramos em Douglas Allchin os entendimentos e orientações para inserção dos erros científicos no ensino de ciências, através de uma história das ciências sensível ao contexto. Pois, o contexto histórico demostra como os erros foram considerados uma vez certos, contribuindo para um ensino que além de favorecer uma compreensão da natureza da ciência, ajuda na formação crítica do sujeito perante os paradigmas científicos vividos pela ciência contemporânea. 
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