Bartira Fernandes Teixeira (UFBA)

Título: A CONSTRUÇÃO DO NÚMERO PELAS CRIANÇAS SURDAS
 
Discente: Bartira Fernandes Teixeira
Orientador: Luiz Márcio Santos Farias
Debatedor: Andréia Maria Pereira de Oliveira 

Resumo: O último censo realizado no Brasil indicou que quase 10 milhões de brasileiros são surdos, o que representa aproximadamente 5% da população. Em relação à surdez, dois importantes diplomas normativos brasileiros regulam determinados aspectos sobre assunto, quais sejam: a Lei Brasileira de Inclusão, Lei 13.146/2015 e o Decreto 5626/2005, que regulamentou a Lei 10.436, de 24 de abril de 2002, dispondo sobre a Língua Brasileira de Sinais. Diante desta nova realidade, a tarefa dos professores de Matemática revela-se cada dia mais difícil e complicada. A presença de alunos com necessidades educacionais específicas nas salas de aula torna o processo ainda mais desafiador. Esta pesquisa, antes de tudo, possui um objetivo maior, qual seja, ser útil para a formação contínua de professores de matemática. No intuito de construir uma consciência reflexiva da atividade docente, propomos discutir, experimentar e ressignificar o ensino de números naturais para crianças surdas, sendo objetivo primeiro investigar como as crianças surdas constroem o conceito de número As aulas ministradas a alunos surdos e em Libras terão especial atenção em face da singularidade destes sujeitos. Os números naturais serão o objeto matemático a ser observado em aulas dos anos iniciais do ensino fundamental, dada a importância do seu conceito e da sua compreensão. A pesquisa será empírica (compreensiva) e, diante do objetivo aqui indicado (investigar como as crianças surdas constroem o conceito de número), o método demandado será o qualitativo. Para embasar nossa investigação, percorreremos a principal teoria de base da Didática: a Teoria Antropológica do Didático (TAD).  Os resultados iniciais das análises do nosso problema didático permitem-nos concluir, ainda que previamente, que o ensino da noção de número desvinculado ao aprendizado da língua natural não atende, ao menos por enquanto, a singularidade dos sujeitos aqui considerados.

 

 

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