Título: A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE TEMAS QUE GERAM CONFLITO ENTRE CIÊNCIA E RELIGIÃO: UMA INVESTIGAÇÃO COM ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO TÉCNICO
Discente: Núbia Costa Nascimento
Orientadora: Rosiléia Oliveira de Almeida
Debatedor: Juanma Sánchez Arteaga
Resumo: A sala de aula é um ambiente que reflete o multiculturalismo social e no qual continuamente ocorre o cruzamento de fronteiras culturais, inclusive quando o tema desenvolvido apresenta conflitos entre ciência e religião. O Brasil apresenta uma significativa diversidade religiosa, sendo que no Censo Demográfico de 2010, o IBGE classificou a população em aproximadamente 27 categorias. Diante de tal realidade surge uma questão: As crenças religiosas influenciam a aprendizagem de temas que geram conflito entre ciência e religião? O presente trabalho se propõe a analisar, comparativamente, o desempenho de estudantes do ensino médio técnico quanto à influência de suas crenças religiosas no aprendizado de temas que geram conflitos entre ciência e religião. Este estudo foi realizado durante dois anos, e classificou os alunos em cinco grupos: ateus, irreligiosos, Católicos, Protestantes e Espíritas. Os instrumentos utilizados foram questionários Likert, entrevistas e mapas conceituais. Para Ausubel e Novak, autores da Teoria da Aprendizagem Significativa, existem duas condições para que ocorra a aprendizagem: a primeira é que o assunto seja relacionável à estrutura cognitiva do aprendiz e a outra é que o aprendiz manifeste um interesse em aprender, sendo os mapas conceituais uma das formas de perceber indicativos de aprendizagem. Os dados coletados estão sendo analisados e interpretados de forma quali-quantitativa. Até o momento, a análise preliminar das entrevistas e questionários Likert permitem afirmar que os estudantes dos cinco grupos são receptivos quanto ao ensinamento dos temas origem da vida e teorias evolutivas, sendo que muitos procuraram conhecer a visão científica sobre esses temas antes mesmo de sua abordagem nas aulas de biologia. A análise dos mapas conceituais evidencia que a maioria considera que o conhecimento religioso e o conhecimento científico sobre estes temas são distintos, enquanto poucos concebem uma complementariedade entre eles.
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